Médico é preso após agredir transexual que recusou pedidos sexuais durante programa
Uma transexual foi agredida por um médico na madrugada desta quarta-feira (15/07) em um motel de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A vítima, uma garota de programa, teve o nariz quebrado, corte no supercílio e outros machucados no rosto após se recusar a realizar atos sexuais fora do combinado com o cliente.
Segundo o site Mais Goiás, no boletim de ocorrência, a vítima conta que o suspeito teria jogado uma toalha para cobrir a bolsa da jovem de 24 anos. Questionado, ele teria dito que isso evitaria que o ato fosse filmado. Ainda segundo a vítima, o cliente teria tentado inserir uma das mãos no ânus dela, que recusou. O homem então pediu que ela lhe fizesse um “beijo grego”, o que também foi recusado.
Percebendo a irritação do agressor com as recusas, a mulher decidiu interromper o ato. A agressão ocorreu enquanto a vítima se vestia. O homem a pressionou contra a parede e lhe aplicou um mata-leão, acusando a vítima de ter filmado o ato sexual. A vítima conseguiu se desvincilhar, mas teve que fugir nua da suíte. O agressor ainda teria quebrado um aparelho de TV e a porta do hotel.
Em um vídeo, feito pela própria vítima na porta da delegacia, ela conta que o suspeito “já tem fama de ser agressivo e é conhecido na BR-153”. “Ele falou que eu invadi o quarto, é mentira, ta tudo gravado (…) Eu não sou uma bicha problemática para ficar querendo roubar os outros”, relatou no vídeo.
Segundo o delegado que investiga o caso, Henrique Berocan, o agressor foi autuado em flagrante por lesão corporal grave, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão, se for indiciado ao final do inquérito. O médico tem passagens pela polícia por ameaça, lesão corporal, injúria e pela Lei Maria da Penha, a maioria registrada em 2015. A vítima também possui passagem.
Confira o vídeo