Jovem é humilhado e algemado por policias após denunciar agressão de vizinhos homofóbicos

Morador de Itabuna, na Bahia, o jovem Lorran Oliveira, de 21 anos, é mais uma vítima da LGBTfobia. Em desabafo feito por Lorran em seu Facebook, nesta segunda-feira (31/08), o jovem compartilhou toda a humilhação que passou na tentativa de registrar queixa de homofobia contra uma vizinha.

Na publicação, Lorran conta no último domingo (30/08), acabou se envolvendo em uma confusão com a vizinha depois que seu marido decidiu tirar satisfação sobre os deboches que ouviam sempre que passavam juntos pelo bairro, novo endereço do casal. “Meu marido Guilherme dirigiu-se até ela, questionando-a se havia algum palhaço ali e se estávamos num circo, e ela com muita arrogância e gritando muito. Na tentativa de defendê-lo, fui a frente dela e começamos a discutir e ela descontroladamente agrediu-me verbalmente e também fisicamente”, conta ele.

Segundo o jovem, as agressões continuaram a todo momento. “A sensação era de impotência, afinal, se a agressão fosse ao contrário tenho certeza que as atitudes das pessoas seriam totalmente ao contrário”, desabafa Lorran, que precisou da ajuda de uma amiga para acionar a polícia. Ele conta que a vizinha não se intimidou nem mesmo com a chegada da viatura e continuou o agredindo verbalmente. “A autora das agressões continuou a nos desrespeitar”, afirma. Ainda na publicação, ele conta que um dos policiais responsáveis por atender a ocorrência fez com ele entrasse na traseira do camburão do carro para ir até a delegacia registrar queixa.

No entanto, ao chegarem no Complexo Policial de Itabuna-BA, Lorran conta que foi trancado dentro de uma sala e algemado. “Isso mesmo! A vítima foi algemada! E a autora dos crimes? Ficou na frente da recepção com os mesmos deboches a minha pessoa”, lamentou. “Dei o meu depoimento e fui liberado com um guia para fazer os exames de corpo de delito e pediram-me que eu aguardasse o processo na justiça”.

Lorran procura agora um advogado que o ajude a processar os responsáveis pela agressão, mesmo desacreditado que isso vá dar em alguma coisa. “Sei que isso não dará em nada, mas com a ajuda dos compartilharmentos de vocês talvez eu consiga algum advogado que me defenda e esse ser horrível pague por tudo que ela fez”, pede ele. “Desde já agradeço a todos que estão tentando me ajudar de alguma forma e estou sentindo-me abraçado com cada mensagem de carinho”, finaliza.

Confira o desabafo

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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