Harness, cueca fio-dental e cinta-liga sem gênero fazem sucesso na coleção de grife fetichista paulistana
Grife Ricok é uma das pioneiras do movimento no Brasil.
Por conta de sua ligação com o movimento gay e com as práticas BDSM e fetichista, o harness foi por muito tempo um acessório carregado de preconceitos. No entanto, se depender da marca paulistana Ricok, a peça deixará cada vez mais de ser (sub)cultura para ganhar um novo espaço seja em festas ou no cotidiano das pessoas.
Criada em 2017 pelo empresário Rick de Kastro de 44 anos, a Ricok foi uma das pioneiras do movimento no Brasil. Cabelereiro e maquiador durante 27 anos, ele conta que já estava saturado da profissão quando decidiu criar a marca. “Como bom geminiano que sou, estou sempre querendo fazer algo novo. Eu estava há muito tempo trabalhando em salões e senti que precisava mudar“, conta Ricardo, que desde os 15 anos sonhava em cursar faculdade de moda, mas não recebeu o incentivo do pai por conta de sua sexualidade. “Mesmo meu pai sendo costureiro, ele tinha um certo preconceito com eu ser gay e trabalhar no ramo“.
Foto: Reprodução/Pheeno
Foi então que a marca surgiu de forma despretensiosa. “Sempre fui uma pessoa fetichista e já conhecia a peça, mesmo ela não sendo tão popular no Brasil. Lembro que comprei uma de couro em um site gringo e passei a usar em algumas festas“. O acessório fez tanto sucesso entre seus amigos que Ricardo decidiu criar o seu próprio modelo em casa. No entanto, com um diferencial das demais: feitas de elástico.
Os modelos de harness feitos pela Ricok são dos mais variados. Tem colorido, tem preto, tem neon e até mesmo versões holográficas. Mas a grife não se resume ao acessório. Visitamos o showroom paulistano e vimos de tudo: cuecas fio-dental, cintas-ligas sem gênero e jockstraps de todos os tipos. “Lançamos uma linha para os versáteis com abertura frontal para facilitar tudo“, brinca Ricardo.
Batizada de “Jock Flex”, jockstrap para versáteis é um dos sucessos da loja
Com a pandemia, a grife precisou se reinventar e investiu na produção de máscaras. A princípio as peças foram feitas para doação, mas logo depois fizeram muito sucesso entre os clientes. “Foi a salvação da lavoura. Batemos recorde de vendas com as máscaras personalizadas“, finaliza Ricardo. Nós amamos as peças. Para conhecer mais sobre a Ricok basta conferir o Instagram e o site da marca.
O empresário Ricardo Castro (Foto: Pheeno)
Foto: Pheeno
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