Nova tendência?! Sucesso entre os gays, thongs e calcinhas invadem o armário dos héteros
Nos últimos tempos, uma tendência diferente vem ganhando força entre os homens heterossexuais: o uso de thongs e calcinhas, peças tradicionalmente associadas ao público feminino. A novidade tem gerado curiosidade, mas também revelado uma mudança de comportamento. Muitos homens estão deixando os pudores de lado e aderindo a essas roupas íntimas, antes vistas com certo tabu.
Quem confirma essa nova realidade é Rick de Kastro, empresário paulistano e proprietário da Ricok Couture, a primeira marca brasileira de moda sexy LGBTQIAPN+, que vê um aumento significativo na procura por essas peças entre homens héteros, especialmente casados. Em conversa com o Pheeno, Rick explica que a maioria desses clientes faz questão de afirmar sua orientação sexual ao entrar em contato.
“O hétero, quando ele compra, ele faz questão de falar que é hétero. Muitos deles, que são pessoas casadas e já resolvidas, compram e vêm falar com a gente pelo WhatsApp pelo fato de encontrarem um material de qualidade“, revela o empresário. Segundo ele, esses homens costumavam experimentar peças femininas, mas sem a anatomia e o conforto adequados. Na Ricok, encontram peças desenhadas especialmente para homens, mas com referências femininas.
A surpresa de Rick, ao notar esse público inesperado, reflete uma transformação cultural. “Eu nunca imaginei que de certa forma eu iria atender esse público. Para mim é uma surpresa prazerosa e ao mesmo tempo inusitada“, confessa. Ele destaca que a thong premium se tornou a queridinha tanto de homens gays quanto héteros, sendo utilizada em diferentes ocasiões: no dia-a-dia, para malhar, ou como uma peça sensual em momentos íntimos. “A versatilidade e o conforto dessas peças parecem ter conquistado os homens, independentemente de sua orientação sexual“.
Rick acredita que essa adesão não é exatamente nova, mas que o acesso à informação e o autoconhecimento têm permitido que mais homens explorem novas possibilidades de expressão. “Essa questão de submissão, dominação e inversão de papéis sempre existiu. Pode ser que esteja aumentando? Pode! Mas tudo é agregado com a questão da informação. As pessoas estão mais leves e se libertando mais“, conclui o empresário, que vê em sua marca uma ponte entre diferentes “bolhas” de consumidores.