Pastor que comparou gays à Aids é condenado a pagar R$ 100 mil de indenização à população LGBTQ+
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A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o ex-secretário Ezequiel Cortaz Teixeira pague uma indenização de R$ 100 mil em benefício da população LGBTI+ do Rio, segundo informou o G1. Ele foi condenado por ter afirmado, em 2016, que acreditava na “cura gay“, comparando a homossexualidade a doenças como Aids e câncer.
Ezequiel, que ficou apenas dois meses no cargo de secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, foi exonerado logo depois das declarações, pelo então governador Luiz Fernando Pezão. “O conceito de direitos humanos, como se sabe, perpassa pela garantia fundamental e universal que visa a proteção de todos os indivíduos e extratos sociais, sem descriminação, face a ações ou missões que sequer tendam a abolir direitos ou possam macular a dignidade, honra e imagem dos indivíduos“, diz o juiz responsável pelo caso, Sandro Lucio Barbosa Pitassi.
De acordo com o G1, a indenização por danos morais deverá ser revertida para ações do programa Rio Sem Homofobia, do governo do estado. Além disso, o juiz também determinou que Ezequiel, que é pastor e um dos fundadores da igreja evangélica Projeto Nova Vida, faça a divulgação do inteiro teor da sentença em veículo de grande circulação no estado do Rio, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária que pode variar de R$ 500 a R$ 100 mil.
Em nota, a defesa do deputado Ezequiel Teixeira disse que ele jamais fez qualquer comparação ofensiva. “Infelizmente a decisão impossibilitou o exercício do contraditório e da ampla defesa ao se basear apenas em uma reportagem que não reflete a realidade dos fatos. Conseguimos a íntegra da gravação da entrevista que desconstrói a decisão. Vamos recorrer“, garantiu o advogado Cassio Rodrigues.