Maquiador queer sofreu com abaixo-assinado no colégio: “Oferecia risco pros meninos no banheiro”

Conversamos com o maquiador e produtor de moda carioca Teddy Zany! Ele revela que não se entende nem como mulher nem como homem e sim uma pessoa queer não-binária. Na infância e adolescência teve que lidar com o cyberbullying numa internet ainda engatinhando e precisou trocar de escola seis vezes, por conta de todo o preconceito que sofria não só dos alunos, mas também dos diretores das instituições que frequentou.

Comprar roupas é uma dificuldade. “Gosto de itens mais femininos, e sempre que vem um vendedor homem é desconfortável, ficam sempre de má vontade“. Teddy diz que se inspira em Regina George, do filme “Meninas Malvadas“, para criar sua persona pública e se emponderar frente aos ataques constantes que ainda sofre até hoje, como a vez que um motorista de aplicativo começou a rezar para que o demônio saísse de seu corpo!

Os relacionamentos também são difíceis. “Não tem como eu assumir uma pessoa como você para a minha família“, escutou de um rapaz com quem estava saindo. Outro resolveu parar o carro e dizer que ia lhe comprar um presente: “Vou te dar uma calça reta, porque homem comigo não usa legging“, ouviu Teddy, que acabou o encontro na mesma hora.

Confira

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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