Paquistão abre sua primeira escola exclusiva para pessoas transexuais

Multan, no Paquistão, ganhou a sua primeira escola pública exclusiva para pessoas transexuais. Tanto as alunas quanto as professoras serão pessoas transgêneros e o objetivo é dar qualificação profissional a essa população que ainda é condenada ao ostracismo e precisa recorrer à prostituição ou outras atividades para sobreviver.

Murad Raas, ministro da Educação da província de Punjab, onde está localizada a escola, prometeu oferecer “educação para todos“. Segundo uma das alunas, uma jovem de 20 anos chamada Baby Doll, a atitude dos professores e funcionários das escolas que frequentou era preocupante. “Os meninos zombavam de nós e se comportavam mal conosco”, relata. Já Hina Chaudhary, funcionária do Ministério da Educação de Punjab, diz que planeja abrir mais escolas nessa mesma linha. “Estamos tentando resolver o fracasso escolar entre as pessoas trans“, afirmou ela.

Conhecidas como “Khawaja Sira“, a comunidade trans é muito ativa no Paquistão e culturalmente elas são encarregadas de alguns rituais, como abençoar recém-nascidos ou animar casamentos. Apesar disso, elas sofrem com o estigma. “As pessoas nos veem como uma forma de entretenimento quando saímos”, disse a estudante Hania Henny. “Mas nesta escola, os funcionários são extremamente educados. A diferença entre a vida na escola e a vida fora é que aqui nos sentimentos tranquilos”, conclui.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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