Idosa é presa após homofobia contra casal gay dono de restaurante em Vitória: “Todo vi*do é odiado”
Foto: Gabriela Martins/TV Gazeta
Uma mulher de 64 anos foi autuada por injúria racial qualificada e detida após xingar e insultar verbalmente, utilizando expressões homofóbicas, os proprietários do restaurante “A Oca“, localizado Centro de Vitória, no Espírito Santo, na tarde do último sábado (07/08).
“Todo ‘viado’ é odiado“, “eu vou fechar seu restaurante e colocar ele no inferno” e “minha vontade é de encher vocês de porrada” foram algumas das frases ditas pela idosa ao se referir aos proprietários Fabrício Costa e Caio Cruz. Os dois são casados e há dois anos possuem o restaurante. O motivo para as ofensas homofóbicas seria um veículo estacionado em frente ao estabelecimento que estaria atrapalhando a fluidez do trânsito. Mesmo tendo sido informada que o carro não pertencia a ninguém que estava no restaurante deles, a mulher continuou exaltada. Segundo Fabrício e Caio, a idosa não só passou a proferir expressões de cunho homofóbico contra os dois, como também tentou agredi-los fisicamente e precisou ser segurada por uma testemunha. A mulher ainda teria afirmado que o restaurante deveria ser fechado, pois estava em uma escadaria que levava à um local sagrado, no caso, a Igreja do Rosário.
A Polícia Militar foi acionada pelo casal. A senhora, que não teve a identidade revelada, foi autuada em flagrante por injúria racial qualificada, que consiste em ofender alguém com base na raça, cor etnia, religião, idade ou deficiência. A pena prevista é de reclusão de 1 a 6 meses ou multa. Ela negou as acusações e disse ter entrado no estabelecimento apenas querendo saber de quem era o carro que atrapalhava o trânsito. Segundo Patrícia Cavalcante, advogada da idosa, ela sofre de graves problemas psiquiátricos e inclusive passa por acompanhamento médico.
Agora, os empresários pretendem ingressar na Justiça para processar a idosa nas esferas cível e criminal. “Eu espero que ela responda na Justiça pelos crimes que ela cometeu. O maior dano que ela causou foi à nossa honra, à nossa imagem. Somos pessoas extremamente trabalhadoras e responsáveis. Viemos do interior para Vitória, começamos muito de baixo e passamos por muitas dificuldades para conseguirmos o que temos. Faremos o que for possível para defender o nosso negócio e a nossa honra“, ressaltou Fabrício.