Porteiro denuncia que foi agredido por PM e vítima de homofobia ao ser detido em Goiânia

Um porteiro de 37 anos denuncia que foi vítima de agressão e homofobia por um policial militar após ser preso, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o homem, ele recebeu tapas e um soco enquanto estava algemado, além de ofensas relacionadas à sua sexualidade.

Ao G1, o homem, que preferiu não ter o nome divulgado por medo de represálias, disse que no dia da ocorrência estava com um homem com quem se relacionava algumas vezes em uma chácara quando começaram a discutir e os dois acabaram se agredindo mutuamente. O então companheiro chamou a polícia. O porteiro conta que, durante a abordagem, acabou se exaltando e foi detido por desacato. “Fui levado para fazer exame de corpo de delito e um policial me deu dois tapas na cara e um murro no peito. Depois fui levado para a delegacia, onde fiquei o tempo todo na viatura e eles me ofenderam, me chamando de viadinho e outras coisas”, contou o porteiro ao portal.

Ainda de acordo com o rapaz, não havia testemunhas quando ele foi agredido e nem vítima de homofobia. O porteiro disse que no início da abordagem, ainda na chácara, chegou a começar a filmar a abordagem, mas um policial pegou o aparelho. Ao recuperar, na delegacia, as imagens haviam sido apagadas. “Eu sofri uma tortura psicológica dentro da viatura. Depois das ofensas eu fiquei muito nervoso, exaltado, e acabei xingando os policiais também”, contou.

Tanto os militares como o então companheiro prestaram depoimento à polícia falando sobre o caso. Porém ele diz que não prestou depoimento e ficou todo tempo dentro da viatura da polícia. Segundo o boletim de ocorrência, ele não foi ouvido por estar muito embriagado. Após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrências, foi liberado.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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