Transvacinados? Movimento transfóbico defende que pessoa se sinta imunizada sem ter recebido vacinas

Um novo termo começou a se popularizar após um vídeo, gravado nos protestos do dia 7 de setembro deste ano, viralizar na internet. Nas imagens, uma mulher, que se identifica como Ana Paula Palagar, de 34 anos, defende que as pessoas possam ser “transvacinadas“. De cunho transfóbico, o movimento espalha desinformação para tentar desacreditar os imunizantes que reduzem fortemente as chances de infecção e, sobretudo, de complicações e mortes pela Covid-19.

Esse movimento, transvacinado, está no mundo todo. São pessoas que se sentem vacinadas mesmo não tendo um corpo vacinado. E a gente quer respeito sobre isso. A gente quer que as pessoas respeitem a nossa visão e o nosso sentir de estar vacinado. Esse é o movimento de transvacinados, não só no Brasil, como na Espanha, na França, nos Estados Unidos, e está se espalhando pelo mundo todo. Da mesma forma que pessoas são respeitadas como trans, nós também queremos ser respeitados“, afirma a própria Ana Paula, que se considera influenciadora digital, embora tenha menos de 1 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

O vídeo tem sido usado por apoiadores do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para defender a liberdade de escolha sobre a vacinação. Exemplo desse uso das imagens por defensores de Bolsonaro foi a postagem da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) que, no Twitter, usou o vídeo de Ana Paula para pedir respeito: “Meu corpo, minhas regras“.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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