Mulheres hétero e bissexuais recorrem ao Grindr para fugir da burocracia na hora de marcar sexo casual

Mesmo com a quantidade de aplicativos de relacionamento à disposição do público hétero, algumas mulheres heterossexuais e bissexuais estão recorrendo ao Grindr à procura de sexo casual. O motivo, segundo elas, seria a melhor geolocalização do app e, principalmente, menos burocracia na hora de marcar um encontro casual.

Ao Universa, a fotógrafa Jessica Michels, de 31 anos, conta que sempre teve curiosidade com os aplicativos gays e que, no Grindr, viveu experiências sexuais inusitadas se comparadas com experiências que teve a partir de outros aplicativos de relacionamento. “Tive encontros bem bacanas. Se estou com tesão, abro o Grindr, vejo quem está por perto, combino tudo e vou encontrar“, conta Jessica. “Não estou ali procurando um namorado e nem mesmo uma foda fixa – pode até acontecer de repetir um encontro, mas realmente só quero transar“, explica.

A jornalista Júlia*, que prefere não se identificar, afirmou para a publicação que há 17 anos atrás usou a mesma estratégia de Jéssica e criou uma conta no site Manhunt. “Um amigo tinha um perfil no Manhunt, me apresentou e eu pensei: ‘Uau, quanto homem pelado. Me excita ver o corpo masculino e meu primeiro objetivo essa esse: ver homens nus, para além da sexualidade deles“, lembra ela.

“Logo que eu começava a conversar, eu dizia que sou uma mulher e alguns caras me bloqueavam, claro, mas com outros, que são bissexuais, deu muito certo! Era prático e sem a burocracia que os outros aplicativos têm“, conta. “Agora, sabendo que outras mulheres estão usando a Grindr da mesma forma, cogito baixar para fazer a mesma coisa“, fala Júlia*. “E já vou colocar na bio: ‘Sexo casual com homens vacinados e totalmente imunizados’“.

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