Homem denuncia ataque homofóbico em terminal de ônibus de São Paulo: “Hoje é seu dia de morrer”

Um rapaz de 26 anos denunciou ter sido espancado dentro do Terminal Santo Amaro, na capital de São Paulo. Pelas redes sociais, Handerson Azevedo, que é homossexual, disse que os três agressores fizeram inúmeras ofensas homofóbicas durante o ataque. O caso aconteceu na noite de domingo (06/02). Segundo o rapaz, os suspeitos tentaram asfixiá-lo, mas ele conseguiu gritar e acabou sendo socorrido.

“’Hoje é seu dia de morrer, viadinho’ — ‘Hoje você morre’ — ‘Mata logo ele’ ecoa na minha cabeça, não sai de maneira nenhuma. Eu não sei nem por onde começar”, relatou Handerson em seu perfil no Instagram. “Aconteceu justamente comigo o que um homossexual/ travesti e etc mais teme que ocorre todos os dias em algum lugar. Viver com a apreensão vira uma rotina, conviver com o medo de ser espancado, torturado, morto, é uma realidade que a nossa sociedade não quer enxergar, mas EXISTE e eu sou a prova (VIVA). Todos os dias, a todo momento somos mortos (e não sei como estou aqui, relatando)“, desabafou a vítima, que chegou a ser trancado pelos agressores dentro de uma cabine do banheiro do terminal.

Acompanhado do relato, Handerson compartilhou um vídeo feito logo depois das agressões, com inúmeros hematomas e arranhões no rosto, peito e costas. “Estou em casa, quebrado, desorientado, mas vivo. Quero deixar um recado especialmente para você que é gay, que tem filho gay, ou amigo é, que não apoia tais condutas, não vamos abaixar nossa cabeça para ninguém. Jamais, nunca. Se cuidem, protejam os seus, se protejam se unam. Pois precisamos de união, para nos manter vivos“, concluiu.

Em nota ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a Polícia Civil está investigando o caso, registrado como lesão corporal no 11º DP (Santo Amaro). Já a SPTrans, que gere o transporte público de ônibus na capital, lamentou o ocorrido, se colocando à disposição para ajudar na investigação, e informou que Handerson foi socorrido pelos funcionários da empresa que administra o terminal“, que o ajudaram a receber atendimento médico.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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