Nova versão de “Queer As Folk” terá enredo parcialmente inspirado pela tragédia da boate Pulse

Stephen Dunn, o criador do novo “Queer As Folk, deu uma longa entrevista ao Hollywood Reporter sobre trazer a icônica série LGBTQIA+ de volta à vida. Ele também dá um vislumbre do que podemos esperar. Dunn diz que seu enredo para o show, que será ambientado em Nova Orleans, foi parcialmente inspirado pela tragédia da boate Pulse, balada em Orlando (EUA) palco de uma tragédia que vitimou 102 pessoas, sendo 49 delas fatais.

Eu sabia do que se tratava”, diz Dunn. “Eu conhecia a história. Eu conhecia a premissa. Eu sabia que queria que fosse sobre a reconstrução da comunidade depois de uma tragédia parecida com a boate Pulse“, disse o produtor, que chegou a encontrar com sobreviventes do atentado ao planejar o enredo da nova produção. “O Pulse é um evento específico voltado para a comunidade latina em Orlando. Nosso show é completamente fictício, mas a trajetória de nossa história é inspirada nas realidades de como foi – não apenas naquela noite, mas nas consequências e na maneira como a comunidade de Orlando se reconstruiu após a tragédia“, explica ele. “Eles sobreviveram a uma tragédia e são seres humanos cujas vidas foram completamente viradas de cabeça para baixo depois disso.

Dunn deixa claro que o novo show não deve ser chamado de “reboot”, mas de “reimaginação”. Ele também diz que se inspirou mais no original britânico do que no remake americano. “Usar o material original foi um ponto de partida. Mas por causa do tempo que se passou entre essas versões, eu não estava procurando refazer as histórias que já haviam sido feitas tão bem antes. É por isso que não estamos usando a palavra ‘reboot’ porque esta é realmente uma re-imaginação do show e é ambientado em Nova Orleans, bem como dentro de uma comunidade que está se reconstruindo após uma tragédia“, afirma.

“Estamos reconhecendo o passado enquanto pavimentamos nosso próprio caminho porque essa era a única maneira que eu poderia abordar isso. Tivemos que abrir novos caminhos para contar a história e torná-la relevante porque temos coisas de nossa própria geração a dizer. Temos uma nova história”, concluiu Dunn.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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