Influencer faz comentário homofóbico ao zombar de vagas para autistas em shopping: “Vaga para veado”

A influenciadora digital e maquiadora Larissa Rosa, moradora de Anápolis (GO), gerou revolta nas redes sociais ao zombar das vagas exclusivas para autistas no estacionamento de um shopping no Jardim Goiás, região sul da capital goiana. No mesmo vídeo que gravou ao chegar ao local e publicou nas redes sociais, Lari também zombou de “gordo estressado” e “veado”.

O vídeo foi postado em um grupo de amigos próximos, que teria apenas 18 pessoas, segundo a maquiadora, mas mesmo assim o vídeo vazou e ganhou força na internet. “Gente, olha isso aqui. Agora, tem vaga exclusiva, vaga exclusiva, para autista. Cara, o mundo está muito difícil. Quero saber quando vai ter vaga para gordo estressado”, disse ela, em tom de deboche. No mesmo momento, a mãe de Lari tenta impedi-la de continuar a gravação. “Não vai fazer isso”, afirmou Vania. “Vou fazer, sim, Vania. Vou e ainda vou te expor”, retrucou a filha. “Qual o problema do autista?”, questiona a mãe. “Não tenho nenhum problema com autista. Achava até que era vaga para veado. Meu Deus, era só o que me faltava. Vaga, para mim, nunca tem”, responde Lari.

Após a repercussão negativa, mãe e filha gravaram novos vídeos, separadamente, para pedir desculpas. “Gente. Nossa Senhora, desculpa, mas é desculpa mesmo. Eu fiz uma piada muito ruim. Postei nos melhores amigos. Meus melhores amigos têm 18 pessoas, gente. Então, nem filtrei o que eu estava falando, mas não foi assim como coisa em que realmente acredito, que pensei para falar”, disse Lari. “Não é isso que eu queria. Uma brincadeira, gente. Muito ruim. Péssima. Horrível. É como se estivesse sentada na mesa da cozinha. Então, não estava pensando no que eu estava falando, se tinha alguém envolvido. Nunca falaria isso politicamente”, afirmou.

Ao G1, o delegado Joaquim Adorno, do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), informou nesta quarta-feira (15/06) que vai investigar as declarações feitas por mãe e filha. Inicialmente, podem ser enquadrados no crime de discriminação de pessoa em razão de sua deficiência. A pena é de 2 a 5 anos de prisão. Já a disponibilização de vagas preferenciais para pessoas com autismo é determinada pela Lei 12.764 de 2012. Para ter direito ao benefício é preciso de uma credencial.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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