Com mais de 300 livros de fotografia, São Paulo ganhará primeira “biblioteca gay” dedicada a arte homoerótica

São Paulo inaugura, no próximo dia 15 de outubro, a nova Biblioteca de Arte Homoerótica Hermano Almeida, a primeira do gênero na cidade. Com mais de 300 livros de fotografia dedicadas ao tema, acervo reúne obras raras e títulos que retratam o corpo masculino e o imaginário gay.

E [também] a primeira no Brasil”, garante Paulo Cibella, que deu início ao acervo. Ao jornalista Humberto Abdo, da Veja, Cibella explica que o acervo da biblioteca iniciou após a descoberta de uma preciosa coleção no Recife (PE). Fundado com o artista plástico Leonardo Maciel, a biblioteca fica localizado no Edifício Vera, do Centro. O 7º andar abriga a sede do Vórtice Cultural, que reúne oficinas, palestras e exposições, como o Salão de Arte Homoerótica — cuja edição de estreia, em junho deste ano, serviu de pontapé inicial para a biblioteca. Em uma das salas do centro cultural, a dupla manterá as centenas de livros dedicados aos fotógrafos que registraram o universo gay masculino a partir dos anos 1990.

Fazem parte da lista nomes como Tom of Finland, conhecido pelos desenhos de homens musculosos e desinibidos. Outro exemplo emblemático é o brasileiro Alair Gomes, que se especializou em nus masculinos e tinha o hábito de fotografar moços atraentes pelas praias cariocas. Além disso, um dos achados da dupla é um catálogo de moda da Abercrombie & Fitch, famosa pelas campanhas com homens sem camisa em poses sugestivas.

Com a divulgação do salão, descobrimos a coleção de Carlos Hermano Brasil de Almeida, falecido em 2016. Arquiteto e advogado, ele passou três décadas reunindo esculturas, quadros, obras de arte e livros gays, que acabaram guardados no porão de uma boate!”, conta Cibella. A biblioteca funcionará apenas com agendamentos de segunda a sexta (pelo e-mail [email protected]), com as obras disponíveis para consulta. “Torço para atrairmos artistas, fotógrafos e estudantes que buscam enriquecer suas pesquisas”, diz Leonardo.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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