Cheia de homofobia, entrevista polêmica de Victor Fasano à revista Veja ressurge: “Os gays não precisam lutar por nada”

Victor Fasano, de 64 anos, tem causado polêmica nas redes sociais desde que se juntou aos atos antidemocráticos dos eleitores de Jair Bolsonaro. Em um vídeo publicado em suas redes, o ator aparece em frente ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, falando para seu público se manter firme e em vigília nas ruas protestando contra o sistema eleitoral nacional.

Assim como Cássia KisFasano tem sido criticado por famosos e anônimos. Teve, inclusive, quem resgatasse uma entrevista polêmica do ator à revista Veja. Na reportagem, de outubro de 1995, o ator tem sua sexualidade posta em xeque pelo jornalista Tutty Vasquez. Direto ao ponto, Fasano nega com veemência que seja gay. “Minha sexualidade não é da conta de ninguém, como não interessa a ninguém saber se eu sou nazista ou não“, diz ele. O jornalista questiona: “Você é nazista?”. Fasano então responde: “Algumas ideias nazista são excelentes“, diz o ator. “Por exemplo: quando desenvolvo uma espécie no meu criadouro de animais, procuro no acasalamento não misturar o sangue de um macho todo ferradinho com o de uma fêmea maravilhosa. O burro, o incompetente, o que foi comido pelo leão não vai passar o gene para a frente. Nisso, Hitler tinha razão“, completa ele.

Em outro trecho da entrevista, que circula pelo Twitter, Fasano é questionado sobre a união entre pessoas do mesmo sexo. “O casamento homossexual é o que seria uma impossibilidade?“, pergunta Tutty. “Não conheço nenhum casal homossexual feliz, mas vejo a felicidade entre os héteros. Será que estou errado?”, responde o ator. O jornalista então insiste: “Os grupos gays devem achar que você está errado, sim”. “Os homossexuais que pleitam isso ou aquilo viram gueto, e, para mim, todo gueto é doença. Os gays não precisam lutar por nada, eles têm direito à homossexualidade“, afirma Fasano.

Polêmica, a entrevista foi parar nos tribunais! Em 2000, a Editora Abril foi obrigada judicialmente a pagar indenização de 1000 salários mínimos ao ator. Fasano ganhou causa em que alegava que a edição da entrevista fora parte de uma campanha difamatória. De acordo com os advogados do ator, seu cliente foi vítima de “agressoes morais” em uma entrevista e 20 notas publicadas na revista.

A peça mais destacada pelos seus advogados foi a entrevista “Eu nao sou gay“, que teria sido editada “para induzir os leitores a pensar que o ator odiaria homossexuais; seria simpatizante das idéias nazistas; e que teria criticado a organizaçao de sua empregadora, a Rede Globo“. Na época, o gerente jurídico da AbrilDjair de Souza Rosa, disse que a empresa alegou ter usado liberdade de imprensa na ediçao da entrevista e também que a coluna citada é humorística e não ofensiva. 

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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