Cresce casos de AIDS entre jovens de 15 a 24 anos, aponta Boletim Epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde
Ao contrário da maioria das doenças em que os sintomas rapidamente permitem a sua identificação, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem passar anos adormecidas, sem emitir nenhum “ruído” e continuar sendo transmitidas sem que o indivíduo saiba que está infectado.
Em meio ao desconhecimento e à ausência de proteção, as infecções se alastram, atingem novas pessoas que, caso não sejam diagnosticadas e não realizem o tratamento devido, continuarão criando mais ciclos de infecção. Dentre as doenças mais comuns no Brasil, estão o HIV, a sífilis, a gonorreia, a clamídia, o papiloma vírus e o cancro mole. Segundo dados do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS publicado recentemente pelo Ministério da Saúde, no páis, de 1980 até junho de 2022, foram diagnosticados mais de 1 milhão de casos de AIDS.
A boa notícia é que a taxa de detecção da doença apresentou redução de 26,5% em 2021, mas ainda há um número que desperta a atenção: a infecção em mais de 52 mil jovens entre 15 e 24 anos, de ambos os sexos, evoluiu para AIDS e isso mostra que o desenvolvimento da doença nessa faixa etária precisa ser observado com cuidado.
Para aqueles que já possuem o HIV, é importante que seja realizado o acompanhamento médico e o uso constante do coquetel antirretroviral. Ao contrário do que se possa pensar, a série de medicamentos que justifica a nomenclatura (coquetel), não mata o vírus, mas impede a sua multiplicação. Essa característica evita que o sistema imunológico do paciente seja amplamente prejudicado e o torna não detectável – condição em que o HIV não é transmitido.