Vídeo mostra mulher sendo retirada de metrô de SP após ofender casal gay e mandar ler a Bíblia
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o momento em que uma mulher não identificada foi retirada de um vagão do Metrô de São Paulo por seguranças, após comentários homofóbicos contra um casal gay que estava dentro de um vagão na linha vermelha, que liga Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, à Barra Funda, na zona oeste.
Breno Conde, que viajava de São Paulo de volta para sua Porto Seguro, onde mora na Bahia, estava no vagão e registrou a discussão da senhora com o casal. Ao G1, ele explicou que a confusão começou um burburinho, foi quando percebeu que a senhora atacava verbalmente o casal. “Ela dizia que eles deveriam parar de estar abraçados e comprar uma biblia pra ler. Os meninos repreenderam a atitude dela se intrometer e a senhora afirmou que estava ensinando a eles a vida, que estava dando conselho de mãe“, conta Breno. “Eu tô ensinando vocês. Tô mandando vocês pararem. Leiam a Bíblia. Comprem uma Bíblia e leiam. Estou dando um conselho para vocês, como se fosse uma mãe. Se eu fosse [louca] eu matava vocês. Matava um monte por aí“, disse a mulher ao casal.
Em seguida, os outros passageiros perceberam o que estava acontecendo e passaram a defender os dois. Os seguranças do metrô então são acionados. “Essa mulher aqui está me incomodando. Eu e o meu namorado. Agredindo a gente verbalmente“, diz um dos rapazes para os seguranças, que perguntam se eles querem fazer uma representação contra a senhora. Com a afirmativa deles, a mulher é retirada do vagão. O caso aconteceu por volta de 12h30 da última quinta-feira (09/03). Mas só agora as imagens viralizaram nas redes.
Em nota, o Metrô SP afirmou que os dois passageiros acionaram os seguranças contra a senhora por se sentirem ofendidos. “Os envolvidos então foram convidados a desembarcar e, em seguida, as partes foram ouvidas e conduzidas para a Delpom para esclarecimentos dos fatos junto a Autoridade Policial. Já na delegacia, os reclamantes não quiseram registrar o fato“, explicou o órgão.