Xingar Nikolas Ferreira de “Nikole” ofende travestis; aprenda lista de novos xingamentos
Que o chupetinha do plenário usa a transfobia como desculpa para se travestir, usar peruca, ser chamado com nome feminino, não resta dúvidas. Ele é o melhor engodo que o (des)governo de Bolsonaro produziu para distrair nossas atenções ao que realmente interessa, a descoberta de casos de corrupção, e ainda desfruta do privilégio de extravasar seus vontades reprimidas.
Mas quando usamos travesti, Nicolly, chupetinha, e outros apelidos (e ok, são sensacionais) para atacar o deputado, deduzimos que esses xingamentos desqualificam aquela pessoa, como vemos historicamente héteros “chamando” os amigos de viado ou de gay, na brincadeira. Mas gay não é brincadeira e travesti não é bagunça.
Ainda que a vontade seja imensa, normalizar esse tipo de xingamento só reforça o preconceito que trans e travestis enfrentam com a marginalização e o apagamento de suas identidades, especialmente porque na real, a gente só extrapola nosso desejo de xingar com palavras que refletem identidades e sexualidades, e isso é homofobia estrutural e internalizada, como em “essa poc”, “essa afeminada”.
Mas e como xingaremos, então? Segue dicas para que vocês enriqueçam o vocabulário: TRANSFOBICUZINHO – tem aí um sufixo sexual que nunca falha. FISCAL DE BANHEIRO – traz uma coisinha do banheirão que a gente adora. MARMITA DO ZERO TRÊS – a gente sabe que é fic, mas uma fic maravilhosa. MASCOTE DA MILÍCIA – Crédito a André Janones.
Aceitamos sugestões de xingamentos que cairiam bem ao deputado Nikolas, sem ser homofóbico e transfóbico, porque já basta ele.