Jovens com masculinidade frágil são recrutados pela internet para atacar escolas

Na manhã desta quarta-feira (5) um jovem de 25 anos cometeu um crime que chocou o país e o mundo, ele invadiu uma escola de crianças, em Blumenau (SC) e atacou com um machado 9 crianças, levando 4, entre 4 e 7 anos, a óbito. O jovem se entregou à polícia e está detido. Há menos de dez dias, uma escola sofreu um ataque em São Paulo quando uma professora foi assassinada por um adolescente de 15 anos de idade.

Em entrevista à Revista Fórum, Lola Aronovich, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Ceará, destaca que incidências do número de ataques às escolas no Brasil tem fundamento em grupos que identificam jovens com tendências misóginas, homofóbicas e racistas, em especial, os que apontam masculinidade frágil e que fazem parte de fóruns online de grupos de ódio.

A pesquisadora afirma que os ataques são incentivados em fóruns online e que “há uma espécie de competição entre eles, para ver quem mata mais, quem chama mais a atenção”. Aronovich também atenta para a questão de gênero nestes ataques às instituições de ensino: “O recrutamento se dá através da misoginia. O discurso de ódio às mulheres e demais grupos historicamente oprimidos (LGBTs e negros) é um chamariz para jovens de masculinidade frágil e tóxica”. A entrevista completa pode ser lida neste link.

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