Liniker é ignorada por premiação onde venceu categoria: “Esquecida mais uma vez”

Nesta quinta-feira (24), a cantora Liniker desabafou em sua conta no Instagram ao ver que a série “Manhãs de Setembro”, protagonizada por ela mesma, venceu a categoria que estava concorrendo no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, mas apesar do reconhecimento com a estatueta, ela não foi convidada para a premiação.

“Ontem, eu não fui convidada para poder celebrar ao lado da equipe e elenco o prêmio que ganhamos, a noite de vitória ao lado de tantos outros artistas e colaboradores do audiovisual brasileiro e mundial, ontem fomos esquecidas mais uma vez, na hora de estourar a champanhe quando chegamos no esperado ‘rolo 100’ de uma produção”, escreveu a cantora e atriz, vencedora de um Grammy.

Liniker fala como ela e outros artistas trans e negros são frequentemente silenciados em locais de reconhecimento: “Ontem o cinema brasileiro, esqueceu mais uma vez, as outras pessoas que colaboram para a criação de um projeto de nível mundial e que mudou, sim, a história do audiovisual brasileiro da última década. Não só pelo meu trabalho, mas pela força e talento único de cada pessoa que se dedicou para que a série nascesse.”

Além disso, Liniker também destacou sobre como é difícil fazer arte no Brasil: “A arte de fazer arte no Brasil, é um grande desafio, tanto pelas construções artísticas para se desenvolver um trabalho, pela política que muitas vezes invisibiliza os meios possíveis para a concretização e incentivo à esses projetos, as relações que são múltiplas dentro ‘do meio’ e por aí segue o roteiro que a gente já conhece.”

A cantora Liniker já teve reconhecimento mundial quando venceu um Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com seu álbum de estúdio “Indigo Borboleta Anil“. A vitória fez com que a artista se tornasse a primeira trans a ganhar um troféu na premiação: “Olá. Eu sou Liniker, sou uma cantora, compositora e atriz brasileira e hoje algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que um artista transgênero ganha um Grammy”, disse em seu discurso histórico.

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