Foto: Stefanie Loos / AFP

Memorial do Holocausto dedicado as vítimas LGBT+ é vandalizado em ataque religioso na Alemanha

Uma investigação foi aberta depois que incendiários atacaram memoriais do Holocausto na Alemanha – um dos quais dedicado a vítimas LGBTQ+. A polícia em Berlim disse na terça-feira (15/08) que os monumentos foram atacados por vândalos desconhecidos que posteriormente anexaram citações do Antigo Testamento, condenando a homossexualidade, às áreas vandalizadas.

O memorial LGBTQ+, criado em 2008 na orla do Parque Tiergarten, em Berlim, é dedicado à perseguição sistemática de homens e mulheres LGBTs de 1933 a 1945. Trata-se é um cubo de concreto com uma pequena janela embutida, através da qual podem ser vistas imagens de dois homens se beijando. Segundo informações do portal Pink News, os vândalos teriam sido flagrados por um segurança local jogando objetos em chamas no memorial, no último sábado (12/08). Não houve danos permanentes. Já os suspeitos conseguiram fugir do local.

No mesmo dia, o memorial da Plataforma 17 na estação ferroviária de Grunewald foi incendiado depois que um homem supostamente incendiou uma caixa que servia como troca gratuita de livros. Quase todos os livros foram destruídos antes que os bombeiros apagassem as chamas, informaram as autoridades. A maioria deles era sobre a vida judaica em Berlim durante o regime nazista, bem como sobre a perseguição de outros grupos marginalizados.

No total, os nazistas assassinaram mais de seis milhões de judeus, bem como centenas de milhares de membros de outros grupos marginalizados, incluindo ciganos e sinti (que os nazistas chamavam de ciganos), eslavos, negros, deficientes e pessoas LGBTQIA+. Cerca de 15.000 gays foram enviados para campos de concentração durante o Holocausto, enquanto um grande número de bissexuais e transexuais – e em menor grau lésbicas, já que não eram vistas especificamente como criminosas, ou tão fáceis de identificar – foram detidos e torturados de forma semelhante.

VEJA + NO PHEENO TV

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!