Jogadores que se declaram gay ou bi nas Séries A e B do Brasileiro somam 1%

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1) pelo “Observatório racial do futebol”, em parceria com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), apontou que apenas 1% dos jogadores homens das séries A e B do Campeonato Brasileiro se declara homossexual ou bissexual. As informações foram publicadas no site da ESPN.

A pesquisa, realizada de forma anônima, envolveu atletas das duas principais divisões nacionais, mas pouquíssimos se declararam homossexuais ou bissexuais. Nas perguntas, os jogadores também foram perguntados se já foram homofóbicos em algum momento de suas carreiras e somente 1,6% dos entrevistados disse que sim.

Já no questionamento sobre já ter testemunhado algum ato homofóbico no ambiente do futebol, já houve muito mais respostas positivas. De acordo com o estudo, quem mais pratica atos homofóbicos são as torcidas, seguidas por atletas adversários e dirigentes. Veja abaixo os percentuais e atos homofóbicos no futebol brasileiro:

  1. Torcida adversária: 36,43%
  2. Torcida do meu clube: 25,2%
  3. Atleta adversário: 15,5%
  4. Dirigente adversário: 9%
  5. Técnico adversário: 5,42%
  6. Dirigente do meu clube: 4,45%
  7. Funcionário do meu clube: 4%

“O relato de um dos atletas que respondeu a esse levantamento expõe o sentimento que norteia pessoas LGBTQIAP+ no Brasil: medo. Em um país que mata uma pessoa LGBTQIAP+ a cada 32 horas, segundo o Violências contra LGBTQIA+ (2023), é dilacerante perceber que há temor até mesmo nos ambientes de trabalho”, aponta a pesquisa.

“Uma análise diante dos dados de homofobia traz a certeza de que, além de medidas punitivas, é inadiável uma campanha de conscientização e educação para que atletas, funcionários de forma geral e dirigentes entendam a gravidade do problema e que crimes de intolerância sexual, seja ela violência física ou psicológica, matam”, completa.

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