Escolas nos EUA proíbem meninas trans de participarem de esportes no ensino médio

EUA – O Estado do Alasca, nos EUA, proibiu meninas transexuais de participarem de esportes femininos no ensino médio. No final de agosto, o Conselho de Educação do Alasca, nomeado pelo governador republicano Mike Dunleavy, votou pela adoção de uma proposta que limita a participação de meninas transexuais no atletismo escolar.

Como observa o Alaska Beacon, a proposta exigia que a Associação de Atividades Escolares do Alasca (ASAA), que regulamenta o atletismo escolar do estado, criasse uma divisão esportiva limitada aos alunos designados do sexo feminino ao nascer. Na segunda-feira (9), a ASAA votou 5-3 para alterar o seu estatuto, colocando-o em conformidade com a política anti-trans do Conselho de Educação.

“Sempre que uma escola tiver divisões separadas com base no sexo, uma equipe será limitada a mulheres que foram designadas como mulheres no nascimento. A outra equipe será aberta tanto para mulheres quanto para homens. No entanto, uma mulher não é elegível para competir em ambas as equipes durante o mesmo ano letivo”, diz agora o estatuto da ASAA.

As mudanças também permitem que as escolas declarem equipes esportivas mistas, caso em que as escolas não podem ter uma segunda equipe na mesma modalidade. “Qualquer escola que declare uma equipe mista não pode competir em nenhuma competição distrital, regional ou estadual na divisão limitada a mulheres que foram designadas como mulheres ao nascer”, diz a emenda.

De acordo com o Movement Advancement Project, 23 estados dos EUA aprovaram leis que proíbem estudantes transexuais de participarem em desportos consistentes com a sua identidade de género. Em outros, como o Alasca, foram instituídas regulamentações que proíbem ou limitam a participação de meninas transexuais em esportes, observa o Alaska Beacon.

No início deste ano, a administração Biden propôs uma mudança nas orientações do Título IX, a lei federal que proíbe a discriminação sexual em escolas financiadas pelo governo federal, o que tornaria ilegal para as escolas proibir estudantes trans de participarem em equipas desportivas que se alinhem com a sua identidade de gênero.