Thalia Bombinha diz estar esquecida do mercado de shows: “não ligam nem pra dizer oi”

Thalia Bombinha, transformista com muita história das noites paulistanas, esteve no podcast O Pod É Pop contando um pouco de sua trajetória e acabou revelando uma realidade que muitas drag queens/transformistas experientes acabam atravessando: o esquecimento do mercado. Thalia se apresenta com alguma regularidade na boate Blue Space, mas conta que não vive mais de shows e apresentações por falta de espaço.

Perguntada sobre trabalho, Thalia é enfática: “Não trabalho quase em boate, de vez em quando eu faço a Blue Space”, e logo é perguntada se houve uma redução de contratações e ela responde: “total, não faço mais a Danger, eu entrei na Túnel fazendo um concurso, porque no domingo não ia ninguém, eu fiz um concurso que saíram várias drags [hoje famosas] de lá, Streeperella, Valentine”, relembra Thalia.

Ela continua: “Hoje em dia eles não lembram nem pra me ligar pra dizer ‘oi, você está precisando de alguma coisa?’, ninguém. Isso me entristece muito, porque eu tenho tanto gás aqui dentro, eu queria mostrar isso, eu quero falar que eu tenho ainda esse potencial, Thalia Bombinha não ficou morta com a pandemia, mas nenhuma boate mais chamou. Hoje em dia eu vivo de amigos ajudando com PIX e tentei vender a última cadeira gamer que eu tinha”.

Thalia venceu a edição de 2006 do “Show do Gongo”, atração tradicional do Festival Mix Brasil, com a performance “Viado veste pra dá“, paródia de “O Diabo Veste Prada”. No início de 2007, Thália coadjuvou a comédia Coisa Boa Pra Você!, no Teatro Folha, no shopping Higienópolis, reduto de elite em São Paulo. Em 2022 foi indicada ao Prêmio Poc Awards na categoria “Lenda”, dedicada a drag queens com longa trajetória e tidas como “divas” da comunidade LGBT+.

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