Brasil segue sendo país que mais consome pornografia trans no mundo

Travestis e mulheres transexuais são as mais procuradas em sites pornográficos, mas também compõem a maioria esmagadora das vítimas assassinadas no Brasil, segundo informações da jornalista Bruna Benevides do portal Catarinas. O relatório anual publicado pelos sites de pornografia detalham as categorias de acessos e regiões do mundo e o Brasil, há anos, não fica de fora da lista, demonstrando um paradoxo entre o desejo e o ódio em relação a pessoas trans e travestis.

Este é o 15° ano consecutivo em que o Brasil figura como um dos países que mais registrou casos de assassinatos de pessoas trans no mundo, segundo dados são da TGEU, organização que monitora globalmente crimes que envolvem homicídios de pessoas trans. Em 2016, o Brasil surgiu pela primeira vez nas estatísticas do RedTube, um dos maiores sites de pornografia do mundo, como o país que mais vídeos de sexo com pessoas trans. Desde então, o país vem liderando a lista no consumo desse tipo de material online.

Os números mostram que alguns vídeos ultrapassam 1 milhão de views no RedTube, 20 milhões no PornHub e mais de 50 milhões no XVideos e as buscas por território tem as tags “travesti”, “travesti brasileira” e similares, tendo a pornografia trans aumentado 75% nas pesquisas gerais em relação ao ano passado, ocupando a sexta categoria em pesquisas internacionais, uma posição acima ao ano anterior, segundo o relatório do PornHub.

A jornalista frisa que os discursos de ódio, políticas conservadoras e controles das liberdades, sexualidades e identidades de gênero, bem como a agenda conservadora antitrans, tem impactado a vivência de pessoas trans e feito aumentar a busca por esses corpos no ambiente virtual sob a proteção de uma suposta anonimidade.

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