Dono de salão de beleza é alvo de ataques homofóbicos em BH: “V*ado morto”

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga um suposto ataque homofóbico contra um cabeleireiro no bairro Floresta, na Zona Leste de Belo Horizonte. Ao chegar no local de trabalho, Otaviano Veloso, de 56 anos, teria sido avisado pelos vizinhos sobre uma pichação na fachada do estabelecimento dele que dizia “via*o morto”, além de vidraças quebradas. O caso teria ocorrido no último sábado (06/01), quando foi registrada a ocorrência.

“Encerrei o expediente na sexta-feira normalmente. No sábado, enquanto procurava um lugar para estacionar, os vizinhos me falaram que eu precisava ver uma coisa. Foi quando vi as pichações. Naquele momento, me vi quase morto”, declarou a vítima em conversa com o portal BHAZ. De imediato, Otaviano acionou o dono do imóvel e os dois procuraram a Polícia Civil para denunciar o crime. Os investigadores apuram se há registros de câmeras de segurança de prédios vizinhos para tentar identificar o suspeito, mas ainda não obtiveram sucesso.

O proprietário do salão também contou que, no domingo (07/01), a pichação, feita em tinta preta, estava coberta com um outro spray em branco. O salão deverá ser reaberto nesta terça-feira (09/01). De acordo com a PCMG, o registro de Otaviano foi em desfavor de um homem de 35 anos, que não teve identidade revelada. Os fatos ainda estão sendo apurados e, até o momento, não houve prisão.

Após a repercussão do caso, ele disse que tem recebido muitas mensagens carinhosas. “Descobri que eu tenho uma rede de apoio que eu nem sabia que existia, venho recebendo um apoio muito grande. Isso me ajuda a não desistir, a entender que eu não sou a pessoa que criou toda essa confusão”, disse.

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