O primeiro presidente de um clube de futebol no Brasil assumidamente gay, falou sobre os obstáculos de se tornar profissional no esporte

“Desde muito cedo eu entendi que uma pessoa gay não sobreviveria dentro do futebol”, dispara Emerson Ferreti, primeiro presidente de um clube de futebol assumidamente gay

O ex-futebolista e atual presidente do Esporte Clube Bahia, com mandato de 2024 a 2026, conversou com a CNN Esportes S/A e contou detalhes sobre o enfrentamento das dificuldades que enfrentou para se tornar um jogador profissional, sendo assumidamente gay. Emerson ainda disse que entendeu desde cedo que uma pessoa gay não sobreviveria dentro do futebol.

“Meu sonho de criança sempre foi ser um goleiro profissional. Eu entrei muito cedo no futebol, com 8 anos. Eu não tinha nem ideia sobre a minha sexualidade, em uma época que não tinha internet, redes sociais, informação. Então todo esse processo interno meu de entendimento demorou muito. Mas desde muito cedo eu entendi que uma pessoa gay não sobreviveria dentro do futebol”, disse o presidente do Bahia.

O presidente começou a carreira de base no Grêmio, se tornando um grande jogador do Bahia. O goleiro ainda atuou pelo Flamengo, América-RJ, América-RN, Ituano, Bragantino, Juventude e Vitória. Antes de assumir o cargo, ele presidiu o Esporte Clube Ypiranga.

“Existem sim gays dentro do futebol, um atleta gay pode ter um desempenho tão bom quanto qualquer outro, não é isso que vai definir a qualidade e talento desse atleta. Eu joguei em clubes grandes, eu fui campeão, eu fui ídolo, fui goleiro da Seleção Brasileira, fui eleito o melhor goleiro do brasil em 2001, fui o atleta mais disciplinado do campeonato brasileiro de 98 e 99. Eu tive uma carreira bem sucedida, e isso mostra que o fato de eu ser gay não comprometeu minha qualidade de jogo, ou do time que eu jogava”, completou.

Arthur Aguiar

Redator do Pheeno, formado em comunicação social e estudante de moda. Apaixonado por contar histórias e explorar culturas.

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