RJ: “Canta Teresa” tem roda de rima especial LGBTQIAPN+ em Santa Teresa
Aos poucos, mas cada vez mais, há locais, eventos, estabelecimentos e publicações que têm, durante o ano inteiro, a presença de todas as orientações sexuais em suas ações. Até mesmo uma roda de rima, evento que reúne crias, adoradores e profissionais do rap, do slam, da poesia, do hip hop e da música negra em geral. Ainda sem muitas referências LGBTQIAPN+ fortes, as rodas culturais oferecem espaço e acolhimento à diversidade sexual.
Desde sua criação, há seis anos, a roda cultural “Canta Teresa”, recebe gays, lésbicas, não-binários, pessoas transexuais, queers e bissexuais em suas edições. O microfone, como sempre, é livre. Vez ou outra, algum membro desse grupo se aventura. E são recebidos em pé de igualdade. Ali, não há espaço para o preconceito. Com a ideia de fazer da sequência de apresentações em 2024, algo inédito, democrático e atrativo, a produtora responsável pelo evento, Camila Cattoi, marcou para o domingo, 02 de junho, a partir das 16h, a primeira edição LGBTQIPN+ da roda de rima “Canta Teresa”.
O evento, que transforma o Largo do Curvelo, em Santa Teresa, em um caldeirão de nomes promissores no trap, no funk, no rap e na MPB, será voltado para a diversidade. Ninguém estará proibido de tentar a sorte na batalha. Pelo contrário, proibir não faz parte do vocabulário. Homossexuais, transexuais, interssexuais, heterossexuais, assexuais, pansexuais, bissexuais, queers, não-bináries e pessoas das mais diversas orientações podem preparar seus versos e se candidatar para o duelo.
Nem só de batalha vive o “Canta Teresa” e as atrações são momentos deliciosos que entrelaçam a tarde/noite de domingo no Curvelo. No dia 02, vão se apresentar Aika Cortez, que já está no corre desde 2012 e rodou o Brasil com seus shows. Tem espaço para ballroom numa roda cultural? Se teve no show da Madonna, em Copacabana, por que não terá no “Canta Teresa”? Estão confirmadíssimas as presenças especiais de Kadijah e Father Lion King Laffond, do coletivo Casa de Laffond. Leve seu leque, prepare seu carão e arrase nas plaquinhas com as notas, tipo Anitta e a rainha do pop.
Camila Cattoi segue como MC da noite e divide a função com Camila Suede, que é conhecida por comandar as batalhas da roda cultural do Rio Comprido. A mulherada também terá representatividade na cabine de som. Nat Bombom, residente de diversos movimentos culturais do trap rap, vai mostrar seus sets no início, nos intervalos, no fim e quanto mais vezes a galera quiser ouvir. E para completar, tem Pambelly, diretamente de festas babadeiras como “FLSH” e “Hole”.
Esta é uma edição especial e de reconhecimento a um público que sempre esteve presente e se sente à vontade no “Canta Teresa”. Mesmo que não seja necessário, é prudente lembrar que: é completamente fora do comum ao evento a prática de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. Lembramos também que todos, todas e todes merecem ser respeitados. E o por fim, mas não menos importante: NÃO É NÃO. Também nesta edição, vai rolar a campanha #manamelhor que consiste em receber doações de absorventes durante o evento. A ideia é distribuir posteriormente para mulheres em situação de rua.