CBF se pronuncia sobre polêmica do cabelo rosa de jogador: “Tem autonomia sobre sua aparência”
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez um comunicado em suas redes sociais, garantindo a liberdade de expressão dos atletas que jogam pelo Brasil. A entidade levantou a bandeira na hora de defender a orientação sexual e a expressão de gênero de cada um dos jogadores.
O assunto tornou-se público depois que Yan Couto, da Seleção Brasileira de Futebol, que jogará na Copa América na semana que vem, contou que pintará o seu cabelo de preto para o embate, removendo a coloração rosa atual. “Para a Seleção vou de cabelo preto, vou tirar. Disseram-me que o rosa é um pouco extravagante. Acho que não, mas vou respeitar. Eles me pediram para fazer isso, e eu farei”, disse.
A mídia indicou que o pedido teria vindo da própria CBF. Logo, as críticas e a pressão começaram a cobrar respostas da Confederação por um posicionamento. Em resposta, a CBF divulgou um comunicado no Instagram, no qual dizia: “A CBF reafirma seu compromisso com a liberdade, a pluralidade, o direito à auto expressão e à livre construção da personalidade de cada indivíduo que trabalha para a organização ou representa a Seleção Brasileira. Para a organização, o desempenho dos funcionários fala por si.”
“O compromisso da CBF é com o bom futebol e as melhores práticas de gestão. Cada funcionário ou atleta deve ter autonomia sobre sua aparência, crenças, orientação sexual e expressão de gênero. Desde o início da atual gestão, a CBF fez do combate ao racismo e a qualquer tipo de preconceito no futebol uma de suas prioridades”, finalizou.
Alguns ainda falam que o pedido possa ter partido do treinador da Seleção, Dorival Júnior, para que os jogadores entrem em campo com mais seriedade, “evitando o uso de brincos brilhantes” e “colares extravagantes”.