Nudes: 27% dos brasileiros compartilham fotos íntimas sem se preocupar com riscos

A prática de compartilhar nudes tornou-se comum entre os brasileiros, especialmente entre os mais jovens. Segundo uma pesquisa encomendada pela empresa de cibersegurança Kaspersky, 27% dos brasileiros com mais de 16 anos já enviaram fotos íntimas para pessoas com quem namoram ou conversam pela internet. Além disso, 22% afirmam guardar fotos íntimas de si próprios em seus dispositivos móveis. Esses números revelam uma tendência crescente, mas também acendem um alerta sobre os riscos associados à exposição de imagens íntimas.

Embora o compartilhamento de nudes seja visto por muitos como uma forma de intimidade ou confiança, ele pode trazer consequências graves. A pesquisa aponta que 53% dos brasileiros conhecem alguém que já sofreu abuso de imagem íntima, também conhecido como pornografia de vingança. Essa prática criminosa consiste na divulgação de fotos ou vídeos íntimos sem consentimento, geralmente com o objetivo de humilhar ou prejudicar a vítima. O impacto psicológico e social desse tipo de violência pode ser devastador.

O estudo revelou ainda que a troca de nudes é mais prevalente entre pessoas de 16 a 34 anos, com 52% desse grupo relatando a prática. No entanto, as vítimas de pornografia de vingança são mais comuns entre os brasileiros com mais de 35 anos: 15% deste grupo afirmam já ter passado por esse tipo de abuso, contra 11% no grupo mais jovem. Esses dados sugerem que, enquanto os mais jovens estão mais engajados na troca de nudes, os mais velhos enfrentam riscos maiores de ter suas imagens vazadas sem consentimento.

Diante desse cenário, é crucial adotar medidas de proteção ao compartilhar fotos íntimas. Entre as recomendações estão evitar o envio de imagens que possam identificar a pessoa e usar aplicativos que ofereçam maior segurança e criptografia. Além disso, é importante lembrar que compartilhar nudes sem consentimento é crime, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão. Para quem já teve uma imagem vazada, a orientação é reunir provas, denunciar e solicitar a remoção do conteúdo da internet, buscando assim minimizar os danos causados.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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