Dono de página é preso por discurso de ódio e homofobia contra prefeito de município no Rio
Na noite desta quinta-feira (12/09), foi revelado o motivo da prisão de Carlos Vitor, mais conhecido como “Macega”, proprietário da página “Macega Digital”. De acordo com documentos acessados com exclusividade pelo jornal O Dia, Carlos foi detido na quarta-feira (11/09) por promover discursos de ódio e homofóbicos contra o prefeito de São Pedro da Aldeia, Fábio do Pastel (PL), por meio de suas redes sociais. A decisão foi tomada pela juíza eleitoral Anna Karina Guimarães Francisconi.
Segundo o documento, os discursos discriminatórios foram divulgados livremente nas redes sociais de “Macega” entre os dias 15 de maio e a presente data. A juíza destacou que as ofensas tinham como alvo uma suposta orientação sexual do prefeito, com o intuito de incitar preconceito. Em 4 de setembro, Carlos Vitor teria proferido ofensas homofóbicas diretamente ao prefeito via Instagram, ferindo sua dignidade. Além disso, o acusado divulgou uma foto adulterada em que Fábio do Pastel aparecia segurando um cartaz pedindo a soltura da mãe da influenciadora Deolane Bezerra, o que também foi considerado um ato de desinformação durante o período eleitoral.
A juíza ressaltou que a incitação ao ódio e a divulgação de informações falsas em tempos eleitorais são crimes graves, especialmente contra figuras públicas. A reincidência de Carlos em práticas semelhantes, já que ele responde por outras acusações de propaganda eleitoral negativa, foi fator determinante para a decisão judicial. A prisão preventiva foi considerada essencial para preservar a ordem pública e impedir a continuidade das infrações, além de garantir o andamento adequado das investigações.
Carlos Vitor já havia sido advertido judicialmente por práticas anteriores e ignorou ordens de remoção de conteúdos nas redes sociais, chegando a criar novos perfis após as determinações. Agora, o acusado terá 10 dias para apresentar sua defesa formalmente. Caso contrário, um defensor será nomeado para ele, e a ausência de resposta pode agravar sua situação judicial, resultando em penalidades ainda mais severas.