Homem acusado de racismo e homofobia é espancado por passageiros em terminal de SP

No último sábado (07/09), um tumulto generalizado com agressões físicas foi registrado no terminal Vila Luzita, em Santo André (SP). O incidente teve início dentro de um ônibus da linha 101, após um homem supostamente proferir ofensas racistas e homofóbicas contra uma mulher.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou que estava próxima ao homem no coletivo quando teria ouvido ele gritar: “Cala a boca, sapatona do c*”. Ao perguntar se o homem estava realmente falando com ela, ele teria respondido: “É com você mesmo, sua macaca do c*. Macaca nojenta”, o que gerou revolta entre os passageiros, resultando em uma série de agressões contra o agressor. A Polícia Militar, que patrulhava a região, foi acionada devido à confusão no terminal e conseguiu dispersar o grupo de agressores. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o homem, de 29 anos, sendo espancado.

Ambos os envolvidos foram levados ao 6º Distrito Policial de Santo André, onde prestaram depoimentos e realizaram exame de corpo de delito. De acordo com o homem, a situação teria ocorrido de forma diferente. Ele afirmou que estava quieto no ônibus quando foi insultado pela mulher, que o teria chamado de “louco”. Em resposta, ele alegou ter feito uma referência ao personagem “Baraka”, do videogame Mortal Kombat, e não utilizado termos racistas. Ainda segundo o BO, a família do homem informou que ele faz uso de medicamentos controlados devido a um diagnóstico de esquizofrenia. 

A empresa Suzantur, responsável pela operação da linha de ônibus, repudiou o episódio e informou que está colaborando com as autoridades para elucidar o incidente. Em nota, a empresa reafirmou seu compromisso com o combate a atos de racismo, homofobia e violência em geral, destacando que treina seus colaboradores para acionarem as autoridades competentes em situações dessa natureza. A Polícia Civil continua investigando o caso, que foi registrado como injúria racial.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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