Em vídeo, produtor cultural denuncia homofobia durante campanha eleitoral em Niterói

Na tarde da última quarta-feira (16/10), o produtor cultural Ricardo Mouzer, de 37 anos, relatou ter sido vítima de homofobia em Icaraí, Zona Sul de Niterói (RJ). O incidente ocorreu na esquina das ruas Paulo Gustavo com Lopes Trovão, onde Mouzer estava realizando uma ação de campanha em apoio ao candidato a prefeito Rodrigo Neves (PDT). Segundo testemunhas, a situação se agravou quando uma apoiadora do candidato adversário, Carlos Jordy, o abordou e começou a proferir ofensas e deboches, atacando sua orientação sexual.

O episódio teve início após a abordagem de Mouzer sobre a distribuição de absorventes na rede municipal de saúde. Ao explicar que não poderia responder, já que não trabalhava na área e não era mulher, ele foi chamado de “mulher” de forma depreciativa pela agressora, que continuou a ofendê-lo. “Percebi que estava sofrendo uma agressão homofóbica gratuita e não podia deixar aquilo passar porque a gente não pode tolerar esse tipo de comportamento. Homofobia é crime e eu estou há muitos anos lutando para combater isso, lutando para que as pessoas sejam respeitadas pelo que elas são, e eu não vou admitir ser ofendido de forma gratuita por uma desconhecida na rua”, relatou Mouzer.

Populares que presenciaram a cena chamaram a polícia, e a agressora, em um outro vídeo gravado por testemunhas, ironizou a situação, afirmando que a polícia “estava do lado dela”. Minutos depois, ela foi conduzida para a delegacia para prestar depoimento. A agressora não foi identificada.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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