Homofobia: homem recebe “cantada” de outro rapaz em bar e o mata com garrafada na cabeça

Um homem de 31 anos foi preso por homicídio doloso qualificado após ser acusado de agredir fatalmente um jovem de 26 anos em um bar em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu no dia 21 de agosto, quando a vítima teria feito comentários em tom de “cantada” ao acusado, que reagiu violentamente. Quatro dias após a agressão, a vítima faleceu em decorrência de traumatismo craniano. No dia 9 de setembro, o autor se apresentou à polícia.

O delegado Marcus Rios, responsável pelo caso, informou que imagens de segurança capturaram o momento exato da agressão, onde o acusado usou uma garrafa para golpear a vítima na cabeça, derrubando-a imediatamente. Testemunhas que conheciam o autor afirmaram que a vítima, sob efeito de álcool, teria chamado o agressor e um amigo de “gostosos”, além de pedir para beijá-los. A situação teria gerado uma discussão prévia entre os envolvidos antes da violência extrema. “Pela imagem, o autor pega a garrafa e atinge com força na cabeça da vítima, que cai imediatamente ao chão e assim permanece, por aproximadamente 15 minutos, até que alguém resolve prestar socorro”, disse o delegado.

Segundo ele, a motivação do crime parece ter sido alimentada por preconceito contra a orientação sexual da vítima. “Certamente, se fosse uma mulher que o tivesse cantado, ele não reagiria assim. Ele poderia ter levantado e ido embora ou simplesmente não ter feito nada”, afirmou Marcus Rios. As testemunhas que estavam no local disseram que a vítima ficou desacordada no chão por cerca de 15 minutos antes de receber socorro e ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nas proximidades.

O agressor, que já tinha passagens por lesão corporal, havia se envolvido em uma briga com um idoso uma semana antes do homicídio, o que aumenta o histórico de comportamento violento. Com base nas provas e depoimentos, o homem foi indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo torpe e permanece preso à disposição da Justiça.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!