Mulher trans é encontrada morta com sinais de estrangulamento no Rio; suspeito está foragido
A Polícia Civil está investigando a morte de Bárbara Vergetti Martins de Souza, de 34 anos, encontrada com sinais de estrangulamento em uma residência no bairro Cachambi, Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo foi localizado nesta terça-feira (01/10), após Bárbara ter sido dada como desaparecida desde o último domingo (29/09). O local onde o corpo foi encontrado pertence a um homem com quem a vítima mantinha um relacionamento, sendo ele apontado como o principal suspeito do crime.
De acordo com a Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), Bárbara saiu de Copacabana, na Zona Sul, no último domingo com destino a uma barbearia da qual o suspeito é proprietário. A residência do homem, onde o corpo foi encontrado, fica próxima ao estabelecimento. Testemunhas relataram ter ouvido uma intensa briga no local, além de gritos de “socorro”. “No domingo a noite ele disse para a esposa que fez uma besteira, na segunda-feira, o salão não abriu e terça ele também não apareceu. Nós fomos lá, encontramos o corpo e acionamos a DH”, explicou a delegada Ellen Souto, responsável pela investigação. O homem é casado e possuía uma relação extraconjugal com a vítima.
Bárbara, uma mulher trans, era graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e havia sido recentemente aprovada para um programa de mestrado, uma conquista que comemorou em suas redes sociais. Ela era conhecida por suas pesquisas e palestras sobre questões de gênero e diversidade. A morte de Bárbara gerou comoção entre amigos, colegas de estudos e a comunidade LGBTQIAPN+ carioca, que agora clamam por justiça.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está buscando imagens de câmeras de segurança e colhendo depoimentos de testemunhas para avançar nas investigações. O corpo de Bárbara foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), e ainda não há informações sobre o velório e o enterro. Diligências estão em andamento para localizar o suspeito, que segue foragido.