Mulher é condenada a um ano de prisão por homofobia após chamar procurador de ‘Barbie girl’

Nesta terça-feira (26/11), a Justiça do Acre condenou Nathane Júlia Almeida dos Santos a um ano de prisão em regime aberto e prestação de serviços por homofobia contra o procurador do Ministério Público Federal (MPF-AC), Lucas Dias. A sentença é referente a um episódio ocorrido em julho de 2023, quando a mulher, embriagada, abordou o procurador no Mercado do Bosque, em Rio Branco. Durante a conversa, ela fez perguntas de teor homofóbico, chegando a chamá-lo de “Barbie girl”. A decisão ainda cabe recurso.

De acordo com o relato de Dias, ele estava no local com o marido e dois amigos quando foi questionado por Nathane. Ela perguntou “quantos porcento de barbie girl” ele seria. Embora tenha achado a pergunta estranha, o procurador não respondeu e retornou à mesa com seus amigos. No entanto, a situação se agravou quando a mulher, ao perceber que sua pergunta havia sido considerada ofensiva, iniciou uma discussão e começou a filmar o grupo. A mulher ainda afirmou que iria acionar a polícia, alegando que estava sendo chamada de homofóbica.

As testemunhas ouvidas no julgamento confirmaram a agressão verbal e afirmaram que Nathane afirmou que “a sociedade não era obrigada a aceitar esse tipo de coisa”, referindo-se ao casal homoafetivo. Durante o embate, ela também teria tentado ameaçar as vítimas, alegando que seus amigos na polícia fariam com que o grupo fosse preso. A mulher foi inicialmente levada à delegacia por crime de ameaça, e, após o julgamento, foi condenada por homofobia.

Em sua defesa, Nathane argumentou que a pergunta feita ao procurador não teve a intenção de ofender, e que ela “sempre conviveu com homossexuais”. Ela afirmou que, influenciada pelo consumo de álcool e pelo contexto do filme da “Barbie”, tentou se aproximar do grupo de forma inadequada. No entanto, o juiz Flávio Mundim considerou as provas e o depoimento da ré suficientes para comprovar o crime. Além da pena de prisão em regime aberto, Nathane foi condenada a prestar serviços à comunidade em uma entidade que apoie pessoas LGBTQIAPN+.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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