Transfobia de Carlinhos Maia contra Liniker pode custar homenagem no “Domingão com Huck”

Os comentários transfóbicos feitos pelo influenciador Carlinhos Maia contra a cantora Liniker provocaram uma onda de indignação, que agora se organiza para pressionar marcas e veículos de mídia a repensarem sua associação com ele. Enquanto Carlinhos aproveita as festividades natalinas na Europa, suas falas inflamaram o debate no Brasil, especialmente por se tratarem de Liniker, uma artista de destaque que, em 2024, foi eleita artista do ano pelo Prêmio Multishow, tornou-se a primeira mulher trans a entrar na Academia Brasileira de Cultura e conquistou um Grammy Latino. Essas conquistas são marcos de resistência em um país onde pessoas trans enfrentam altos índices de violência e preconceito.

De acordo com informações apuradas pelo POPline, a indignação se traduziu em ação concreta. Grupos organizados no WhatsApp e Telegram planejam uma mobilização massiva nas redes sociais, direcionada a publicações do programa Domingão, apresentado por Luciano Huck, e também às marcas que patrocinam o programa. O objetivo é protestar contra a homenagem que Carlinhos Maia receberia em janeiro, cobrando que ele seja responsabilizado pelas suas falas transfóbicas. A estratégia envolve inundar as postagens com críticas e mensagens de apoio a Liniker, exigindo que figuras públicas de grande alcance, como Carlinhos, sejam mais conscientes do impacto de suas palavras.

A influência de Carlinhos Maia, que acumula mais de 30 milhões de seguidores, é amplificada por seu público majoritariamente formado por pessoas de classes populares, com menor acesso à informação e educação. Isso torna ainda mais preocupante o teor de suas declarações, que contribuem para perpetuar a transfobia em um momento em que a luta pelos direitos da população trans é mais urgente do que nunca. A mobilização da comunidade reflete um cansaço coletivo com discursos de ódio disfarçados de opinião e aponta para uma nova era de responsabilização social, na qual marcas e emissoras podem enfrentar sérias consequências caso escolham ignorar o apelo por justiça e respeito.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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