Compadre Washington, do “É o Tchan”, constrange fã trans em show com atitude transfóbica
Um episódio lamentável marcou a apresentação do cantor Compadre Washington, líder da banda “É o Tchan”, durante um show recente. Ao chamar uma fã trans ao palco, o artista insistiu de forma constrangedora e transfóbica para que ela revelasse seu nome de registro, ignorando completamente o nome social que ela havia apresentado.
A jovem, que se identificou como Ketlen, foi repetidamente pressionada pelo cantor, que chegou a dizer: “Não! Mentira sua. Mamãe não batizou você assim”. O constrangimento só terminou quando a fã, sob pressão, acabou dizendo seu nome morto, ao que o cantor respondeu: “Aí, sim! Falou a verdade… mentira tem perna curta”.
O nome social é um direito garantido por lei e uma questão fundamental de dignidade para pessoas trans. Ele representa a identidade real de cada indivíduo e deve ser respeitado em todos os espaços, sejam eles públicos ou privados. Situações como essa, em que uma pessoa é exposta e humilhada publicamente, não são “brincadeiras” ou “piadas”, mas sim atos de violência que reforçam a discriminação e o desrespeito à comunidade LGBTQIAPN+.
Até o momento, o cantor não se manifestou publicamente sobre o ocorrido, o que aumenta a indignação de quem acompanha o caso. É fundamental que artistas e figuras públicas usem sua visibilidade para promover o respeito e a inclusão, e não para perpetuar violências e preconceitos. A comunidade LGBTQIA+ espera que Compadre Washington se posicione e se responsabilize por suas ações, além de reforçar a importância de combater a transfobia em todos os espaços.