Dia Mundial do Urso: celebrando todas as espécies — inclusive os ursos gays

No Dia Mundial do Urso, celebrado todo 23 de março, a Proteção Animal Mundial convoca as pessoas a protegerem ursos de todas as espécies, desde os negros e pardos até os pandas. Mas, além dos animais, a data também é uma oportunidade para celebrar os ursos gays—aqueles homens robustos, peludos e cheios de charme que ocupam um lugar especial na comunidade LGBTQIAPN+.

Embora o termo tenha sido popularizado na década de 1980 por Richard Bulger e Chris Nelson, fundadores da Bear Magazine, foi o escritor George Mazzei quem primeiro usou a palavra “urso” para descrever esse tipo de homem gay em um artigo de 1979 para The Advocate.

No texto “Quem é Quem no Zoológico?”, Mazzei descreveu os ursos como homens com “peitos e barrigas maiores que a média, pernas musculosas e barbas tão densas que um pente não teria vez”. Além disso, ele também destacou seu bom humor e risada fácil. Outras categorias propostas por Mazzei, como “corujas” (gays mais velhos e sarcásticos) e “gazelas” (calorosos e fãs de drogas), não emplacaram, mas a definição de “urso” se tornou um marco na cultura gay.

Um estudo de 2013 publicado no Archives of Sexual Behavior revelou que homens que se identificam como ursos tendem a ser mais baixos, peludos e pesados do que a média gay e preferem parceiros com características semelhantes. A pesquisa também destacou que a cultura ursina é “intensamente sexual”, valorizando a masculinidade e a autoconfiança, criando um espaço onde homens que fogem dos padrões convencionais de beleza encontram aceitação e desejo.

Hoje, a cultura ursina é uma fonte de orgulho e comunidade, com redes sociais repletas de postagens sob a hashtag #usogay e #gaybear, como as mostradas abaixo. Eventos como concursos de Mr. Bear e festas temáticas reforçam essa identidade, mostrando que, seja no reino animal ou no universo LGBTQIAPN+, os ursos merecem ser celebrados—e protegidos—com todo o amor e respeito!

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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