Modelo trans Alex Consani rebate transfobia e políticas opressivas de Trump: “Nunca iremos embora”

A modelo trans Alex Consani não tem medo de usar sua voz para defender a comunidade LGBTQIAPN+. Em uma entrevista recente ao Harper’s Bazaar, Consani criticou duramente as políticas transfóbicas promulgadas durante o governo Trump, que visavam especificamente pessoas trans, incluindo crianças. Ela descreveu a situação como “assustadora”, destacando como essas medidas afetam indivíduos vulneráveis que não têm como se defender. “É assustador ver uma administração mirando nossa comunidade e atingindo crianças que são indefesas diante de tudo isso”, afirmou.

Com mais de 4 milhões de seguidores no TikTok, Alex Consani tem usado sua plataforma como modelo e influenciadora para promover a visibilidade trans e combater o ódio. Ela reconhece que sua postura pode gerar reações negativas, mas isso não a impede de seguir em frente. “Gosto de fazer o máximo que posso. Falo publicamente sobre o que acredito, e isso me deixa esperançoso”, disse. Consani também reflete sobre sua experiência com o ódio online, que a acompanha desde a infância, e vê isso como um reflexo do auto-ódio de quem a ataca. “Ninguém tira um tempo do seu dia para entrar na internet e falar negativamente sobre alguém, a menos que tenha ódio de si mesmo dentro de sua própria cabeça.”

Apesar das críticas, Alex mantém uma postura resiliente e até mesmo irônica em relação ao ódio que recebe. “Se você quer me odiar? Faça isso. Porque você sabe o que isso significa? Mais cliques, mais visualizações, mais dinheiro para mim, querida”, brincou. Ela também enfatiza a importância de se manter firme em suas convicções, mesmo diante da negatividade. “Às vezes, isso pode te envolver na negatividade, quando isso nunca foi o que nossa comunidade representa”, destacou.

Alex Consani atribui parte de sua força ao apoio que sempre recebeu de sua família, mas também reconhece os desafios que enfrentou por ser trans, como o bullying. Agora, ela quer garantir que outras pessoas não passem pelas mesmas dificuldades. “Mesmo diante de políticas tão negativas, somos capazes de reconhecer que nós, como comunidade, não podemos ser afetados. Nunca iremos embora. Nunca iremos embora”, concluiu.