Sambay: roda de samba LGBTQIAPN+ celebra um ano de resistência e chega a Belo Horizonte

Há exatamente um ano, nascia no Rio de Janeiro a Sambay, uma roda de samba que vai muito além da música e da dança: é um movimento de inclusão, diversidade e aceitação. Com edições semanais que reúnem, em média, mil pessoas, o projeto já passou por espaços icônicos como o Mourisco Mar, Teatro Rival e Circo Voador, e atualmente acontece aos domingos no Terrasse Rio. Agora, a Sambay expande seus horizontes e desembarca pela primeira vez em Belo Horizonte, no LAB, no dia 12 de abril (sábado), prometendo levar seu samba afetivo e inclusivo para a capital mineira.

Criando um espaço seguro e acolhedor, a Sambay não só rompe barreiras, mas também fortalece os laços da comunidade LGBTQIAPN+, permitindo que pessoas de diferentes identidades de gênero e orientações sexuais se sintam parte de uma tradição cultural tão importante para o Brasil. No comando dos vocais, está o cantor Rodrigo Drade, com quase 20 anos de carreira, apresentando um repertório que vai de Almir Guineto a Liniker, passando por clássicos de Beth Carvalho, Molejo e Fundo de Quintal. A banda, de “responsa”, conta com nomes como Daniel Cahon (baixo), Roberta Nistra (cavaquinho), Lucas Marques (violão sete cordas) e uma percussão energética.

Além da música, a Sambay se destaca pelas performances dos bailarinos Wend Caster, Davi Araújo, Luis Otávio e Anna Callado, que levam o samba no pé com maestria. Nos intervalos, DJs da comunidade LGBTQIAPN+ agitam a pista, garantindo uma experiência completa. O projeto já recebeu convidados ilustres como Thiago Pantaleão, Silvero Pereira, Preta Gil e Valesca Popozuda, reforçando seu papel como um espaço de celebração e representatividade. E não poderia faltar um hino: “Sambay Demais”, composta por Rodrigo Drade e Gabrieu, já está disponível em todas as plataformas digitais e virou a trilha sonora dessa resistência alegre.

Rodrigo Drade reflete sobre a importância do projeto: “Faço música porque sei que é minha missão. Quero inspirar outros artistas LGBTQIAPN+ a ocuparem espaços no samba, já que ainda há pouca representatividade gay nesse meio”. Com um público cativo no Rio e em São Paulo, a Sambay prova que o samba é de todos e para todos, e sua chegada a Belo Horizonte promete ser mais um marco nessa trajetória de resistência, afeto e muita batida no pé!

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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