Falta de provas: Jojo Todynho perde processo contra vizinha trans e tem pedidos negados pela Justiça

A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de indenização feito por Jojo Todynho contra a influencer e ativista LGBTQIAPN+ Amanda Fróes, com quem a cantora se desentendeu publicamente nas redes sociais. A juíza responsável pelo caso considerou que Jojo não apresentou provas suficientes de que as falas da vizinha teriam causado prejuízos concretos à sua imagem, carreira ou saúde emocional. Na decisão, a magistrada também ressaltou que as declarações de Amanda não ultrapassaram o limite da liberdade de expressão.

O processo movido por Jojo foi uma resposta à ação anterior de Amanda Fróes, que havia processado a ex-Fazenda por ofensas e transfobia, pedindo uma indenização de R$ 50 mil. O caso, no entanto, acabou arquivado após a ausência de Amanda em uma das audiências. Pouco tempo depois, Jojo entrou com uma nova ação, alegando que as críticas feitas pela vizinha nas redes sociais estariam incentivando ataques virtuais e pedindo R$ 20 mil por danos morais.

Na sentença, a juíza rejeitou todos os pedidos da cantora, incluindo a solicitação para que Amanda fosse proibida de mencionar seu nome e obrigada a se retratar publicamente. A magistrada destacou que “a liberdade de expressão não se sujeita, em regra, à censura prévia” e que não havia elementos que comprovassem a falsidade ou caráter criminoso das declarações da influencer. Segundo o entendimento da Justiça, as críticas, ainda que incisivas, não configuraram calúnia nem injúria.

Toda a confusão teve início em abril deste ano, quando Amanda Fróes afirmou à imprensa que não faria questão de cumprimentar Jojo caso as duas se encontrassem no condomínio onde moram. A ativista criticou o posicionamento recente da cantora em relação à comunidade LGBTQIAPN+, o que teria provocado a reação de Jojo, que respondeu com ofensas, chamando a vizinha de “vagabunda” e “demônia”.