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Homem trans preto questiona luta por direitos: “O que vem primeiro, nossa negritude ou nossa transexualidade?!”

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O ativista americano Devin-Norelle, um homem trans preto, refletiu sobre o movimento Black Lives Matter (Vidas Pretas Importantam) e levantou importante questionamento em texto para a edição de junho da revista Teen Vogue: “O que vem primeiro, nossa negritude ou orientação, nossa transexualidade?!”, indagou.

Ele mesmo responde. “Ser LGBTQ+ e negro é duplamente afetado pelos reinos da supremacia branca. Enquanto todos os pretos sofrem racismo sancionado pelo Estado, pessoas trans e queer estão ainda mais expostas à violência do racismo sistêmico. Desmontar sistemas racistas e acabar com assassinatos sancionado pelo Estado significa levar violência transfóbica e LGBTQfóbica tão sério quando o assassinato de homens pretos pela polícia ou por pessoas brancas. Se LGBTQ+ pretos não forem livres, nenhuma pessoa preta será livre”, dispara.

“Eu tenho orgulho de todas as minhas identidades, minha negritute, meu ser queer, minha transexualidade. Eu sou uma revolução ambulante. Eu sou uma cura ambulante para supremacia branca. Homofobia, transfobia, anti-negritude: Todos são produtos da supremacia branca. Todos são produtos de um sistema feito para oprimir a raça negra inteira. Dar visibilidade as vozes de LGBTQ+ pretos é crucial, hoje e sempre. É a chave para desmontar o sistema que nos oprime e superar o status quo”, conclui.

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"What comes first, our Blackness or our queer- and transness?" I proposed this question recently on a Teen Vogue op-ed recently because it's something I think about every day. Black queerness is doubly affected by the reigns of white supremacy. While all Black people face state-sanctioned racism, queer and trans people are even more exposed to violence of systemic racism. Dismantling racist systems and ending state-sanctioned murder means taking transphobic and queerphobic violence as seriously as the murders of Black men by police or by white people. If queer and trans Black people aren’t liberated, no Black people are liberated at all. I take pride in all my identities, my black-ness , my queer-ness, and my transness. I am a walking revolution. I am a walking cure to white supremacy. Homophobia, transphobia, anti-blackness: All of them are products of white supremacy. All of them are products of a system intent on oppressing the entire Black race. Uplifting the voices of black queer and trans people, as truly has done, is especially crucial, now and always. Black queer and trans people are the key to dismantling systems that oppress us and overcoming the status quo. Thank you @Truly & @GLAAD for shining a light on Black queer voices #TrulyPartner. 📸 @moniquelmm

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Thank you @Truly & @GLAAD for shining a light on Black queer voices #TrulyPartner.
📸 @moniquelmm

Thiago Araujo

Thiago Araujo é editor-chefe e criador do Pheeno! Referência no cenário pop LGBTQIA+ nacional, o carioca de 30 anos é jornalista e empresário do ramo do entretenimento, além de agitar as pistas como DJ mundo afora!

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