Prática de “beijo grego” faz Lisboa viver surto de hepatite entre gays

Há um surto de hepatite A em Portugal e noutros países da Europa que está afetando, sobretudo, homens gays. Desde o início do ano, já foram diagnosticados 105 casos só na região de Lisboa e Vale do Tejo. A Direção-Geral da Saúde diz que o caso tem uma “dimensão preocupante” e já emitiu recomendações aos profissionais de saúde.

O número de infetados nos últimos meses superou os contabilizados nos últimos 40 anos no país, segundo noticiou esta noite de terça-feira (28/03) a SIC. Em declarações ao JN, o diretor-Geral da Saúde, Francisco George, disse que o surto tem uma “dimensão preocupante”. A maioria dos casos foi registada em homens gays e bissexuais. Para quem não sabe, a hepatite A é transmitida fundamentalmente por meio da ingestão de coliformes fecais, portanto, o surto estaria relacionado diretamente com a prática de lamber o ânus.

A Direção-Geral da Saúde vai enviar esta noite um documento com orientações clínicas para os profissionais de saúde, no qual refere que o surto tem sido relacionado com comportamentos como o “Chemsex”, ou seja, “atividade sexual potenciada por substâncias químicas, podendo envolver múltiplos parceiros, sem proteção”.

A hepatite A é uma doença curável, mas pode ser perigosa para quem tem doenças do sistema imunitário. O principal modo de transmissão é por via fecal-oral. “A transmissão através da exposição sexual tem sido descrita, nomeadamente associada a surtos em homens que fazem sexo com homens (HSH)”, refere a DGS.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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