Filme mexicano homofóbico disponível na Netflix causa polêmica

“Adotado por um casal gay, Andrés é criado num lar turbulento até que um de seus pais ganha uma Bíblia e renega sua homossexualidade”. Essa é a descrição do filme mexicano “Pink” no serviço de streaming Netflix.

O longa-metragem causou polêmica no México ano passado ao criticar a adoção por casais homossexuais a partir de um ponto de vista cristão e conservador. Baseada em premissas religiosas e moralistas, o filme gerou um debate e chegou a ser proibido no país ao incitar a violência contra homossexuais.

O filme está disponível na Netflix Brasil, e também tem gerado polêmica por aqui. Um abaixo-assinado no site Change.org pede para que a plataforma retire a produção do catálogo e já tem mais de 2,4 mil apoiadores. O abaixo-assinado informa que o filme “insiste em mostrar a aceitação da homoparentalidade como um erro da sociedade”.

“O casal é colocado como sendo incapaz de criar uma criança porque naturaliza a homossexualidade como sendo inferior, promíscua e estereotipada. É chocante ver a criança hiperssexualizada, como se isso fosse devido à convivência com seus pais. Além disso, o filme é totalmente homofóbico e propaga a violência contra LGBTs”, denuncia o texto.

O abaixo-assinado continua: “Por esses motivos, esperamos e exigimos que a Netflix cancele este filme de sua lista de filmes, pois o mesmo é uma ofensa a todas as pessoas LGBT+, famílias LGBT+ e, inclusive, contra a garantia de direitos da população LGBT+. Este filme vai contra nossa Constituição”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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