Em um ambiente machista, soldado da Marinha encontra apoio dos amigos: “Foi um alívio”

Sair do armário para os militares costumava ser impossível. A revogação de “Don’t ask, don’t tell” mudou essa realidade nos EUA, mas ainda é uma perspectiva assustadora para muitos. Esse foi certamente o caso de Conner Curnick, que se preocupava que seus amigos da Marinha nunca aceitassem sua orientação sexual.

Quando isso aconteceu, ele estava em lágrimas, mas ele achou a aceitação dos outros, bem como dentro de si mesmo. Em entrevista a um jornal local, Curnick diz que estava voltando para o seu quarto em uma base naval em Pensacola, na Flórida, depois de passar a noite com um cara, quando sentiu que seu telefone começou a tocar.

Acontece que alguém descobriu uma fotografia de Curnick com o tal rapaz na garupa de sua moto. Seus amigos estavam perguntando se ele era gay. Foi, então, que ele decidiu dizer a verdade. “Eu estava sozinho no momento e em lágrimas, então eu decidi me abrir. ‘Sim, eu sou gay’, eu disse a eles. As reações começaram a se manifestar e, para meu alívio e surpresa, eles eram esmagadoramente positivos”.

“Enquanto perdi alguns amigos, os mais próximos de mim ficaram ainda mais próximos, porque eu não precisava mais mentir sobre quem eu era e pela primeira vez ficaram sabendo o que realmente acontecia na minha vida”. Apesar de ouvir poucos insultos homofóbicos, Curnick afirma que usa o preconceito como munição para ser alguém melhor. “Eu uso esses comentários para alimentar meu fogo para ter sucesso em tudo o que eu faço”, conta.

Ele diz que agora é uma pessoa muito mais feliz, produtiva e bem sucedida e que, enquanto ele ainda enfrenta alguma discriminação, ele está trabalhando para lutar contra essas idéias antiquadas.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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