Com foco nas eleições, Parada LGBTQ de São Paulo arrasta três milhões de pessoas
Aconteceu no domingo (03/06), a 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e, mais uma vez, o evento percorreu toda a avenida Paulista, descendo a rua da consolação e terminando na Praça Rosevelt. Com a apresentação oficial da drag queen Tchaka e de Fernada Lima, o tema deste ano foi “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”.
Pabllo Vittar, Anitta, Preta Gil, Lia Clark, Pepita, Aretuza Lovi e Gloria Groove foram algumas das vozes que arrastaram mais de três milhões de pessoas pelas ruas São Paulo, com hits do momento e discursos a favor do respeito pelas diferenças contra a violência. Pabllo teve um dos looks mais comentados desta edição. A drag queen chegou com um roupão feito de reportagens de jornal sobre crimes ligados à LGBTQfobia, com destaque para a frase “pare de nos matar”.
Um dos momentos mais marcantes foi o discurso de Mônica Benício, viúva da vereadora assassinada Marielle Franco. “Isso aqui é um ato de resistência. O Brasil é um dos países que mais mata a sua população LGBT. E a gente não pode assumir isso, deixar que isso continue desta maneira”, disse Mônica. A esposa dela foi assassinada em abril no Rio e, até agora, o crime deixa mais dúvidas do que respostas.
Violência
Na dispersão da parada, duas pessoas foram esfaqueadas na Rua Sergipe, em Higienópolis. De acordo com a Polícia Militar, o crime foi cometido por volta das 18h e três travestis são suspeitas de realizar o ataque, mas ninguém foi preso. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Um dos feridos foi levado para a Santa Casa e o outro, para o Hospital das Clínicas. A corporação não divulgou a identificação nem o estado de saúde das vítimas.