Tatuador é achado morto e namorado permanece desaparecido após passeio em SP

A Polícia Civil em Santos, no litoral de São Paulo, está investigando a morte do tatuador Henrique Oliveira Falbo, de 22 anos. O jovem, que foi visto com vida pela última vez no último domingo (03/02), em São Vicente, estava acompanhado do namorado Douglas Alcântara de Souza, de 29 anos, que permanece desaparecido.

Os dois passavam o fim de semana na cidade litorânea, programa previamente combinado para que pudessem aproveitar a folga. “Eles falaram sobre isso na semana. Estavam tranquilos e iriam voltar no domingo, mas por conta da chuva, adiaram a volta para segunda-feira (4)”, disse ao G1 Diego Alcântara, irmão do desaparecido. Douglas, morador de Itaquaquecetuba, e Henrique, de São Paulo, estavam juntos há pelo menos cinco meses e não escondiam de ninguém que eram namorados. Eles reservaram um quarto em uma pousada, no bairro Itararé, último local onde foram vistos.

“A última localização deles nas redes sociais é das 16h30 de domingo. Depois, conseguimos em um quiosque, no mesmo bairro, uma imagem da câmera de segurança, onde os dois aparecem. Isso às 18h. É a informação mais recente que temos”, conta Diego. O desaparecimento dos dois foi notado pelo dono da pousada, na manhã de segunda-feira (04/02). Ao ir ao quarto pegar as chaves, ele viu que todos os pertences do casal estavam no cômodo, o que indicava que os dois não passaram a noite no local. Os familiares foram informados pelos telefones de contato.

Douglas Alcântara de Souza, de 29 anos, foi visto pela última vez no domingo (3), em São Vicente, SP

Na noite de segunda, o corpo de Henrique foi localizado por banhistas, próximo ao Canal 1, em Santos. O fato só foi confirmado na quarta-feira (05/02). Desde então, a família está em São Vicente em busca de qualquer informação sobre Douglas. “Estamos com um pouco de dificuldade com as autoridades, pois, como não há muita informação concreta, há uma dificuldade para iniciar investigações”, diz o irmão.

A esperança dos familiares, que contaram com a ajuda de amigos do casal nas redes sociais em publicações sobre as buscas, é que o sofrimento tenha fim o mais rápido possível. “A expectativa é de encontrá-lo, vivo ou morto, para acabar com isso. Você sofre para sempre sem saber o que aconteceu, sem retorno. É desgastante.”

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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