RJ: festa MARA celebra Mês do Orgulho LGBT com show da cantora trans Danny Bond

Queridinha da turma da Zona Norte do Rio, a festa MARA, responsável por agitar as quintas da boate Papa G, em Madureira, irá celebrar o Orgulho LGBTQI+ com show da cantora trans Danny Bond! Diretamente de Maceió, a funkeira desembarca em solo carioca para sua primeira performance na festa.

Sucesso com suas letras eróticas e repletas de dialetos do Pajubá, a artista apareceu na internet em 2015, após soltar alguns vídeos amadores no YouTube. De lá pra cá, Danny vem conquistando cada vez mais o seu espaço e mostrando para que veio.

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A qualidade dos vídeos foi crescendo com o tempo e um deles já ultrapassou mais de 1 milhão de visualizações. Hoje, Danny soma mais de 3 milhões de visualizações apenas em seu canal oficial no YouTube. Em 6 de março de 2019, a artista cantou para um público de 1 milhão de pessoas, após convite de Pabllo Vittar para subir no seu trio em São Paulo. Poderosa, não é mesmo?!

Nesta quinta-feira (27/08), a artista de apenas 21 anos vem para a cidade maravilhosa para um pocket show inédito na festa MARA. “Prikito”, “Tcheca” e seu último lançamento, “Tiroteio de Trava”, são algumas das músicas confirmadas no repertório de Danny. Além da funkeira, o pré e pós show fica por conta dos DJs Thi Araújo, Chloe Van Damme, Marisa D’mato e Camila Antonie. As maravilhosas queens Suzy Brasil e Karina Karão ainda animam o público com um divertidíssimo show de humor. O que não faltam são motivos para você se jogar no pistão da festa ou no camarote open bar!

Como não somos bobinhas, conseguimos uma exclusiva com Danny Bond, que nos contou um pouco sobre suas expectativas pra esse show na cidade maravilha, inspirações, a responsabilidade de ser uma mulher trans e preconceito contra LGBTs.

Você sempre transmitiu ser uma pessoa cheia de atitude, principalmente nas letras de suas músicas. Quais são as suas maiores inspirações?

– “Minha inspiração de Resistência é minha mãe, e minha inspiração artística é Nicki Minaj“.

Antigamente não existia artistas transexuais para pessoas trans terem como inspiração. Mas hoje as coisas mudaram e você, inclusive, é inspiração para muita gente. Você sente essa responsabilidade?

– “É uma responsabilidade enorme. Enxergo e assumo essa responsabilidade, de ser um corpo político resistente, que escolheu assumir sua verdadeira identidade, e que luta pra sobreviver todos os dias, no país que mais mata LGBT’s no mundo, dessa forma é que inspiro outras pessoas Trans, mostrando que nossa luta, é pela sobrevivência“.

Você já cantou para um milhão de pessoas no bloco da Pabllo Vittar, em São Paulo. Algum dia você imaginou que fosse ocupar esse espaço, sendo trans e nordestina?

– “Nunca imaginei que teria esse alcance. Que o que um dia começou com uma paródia, alcançaria o espaço que venho ocupando“.

Apesar da sucesso, o preconceito ainda existe, principalmente no Brasil, o país que mais mata LGBTs no mundo. Como vc lida com a transfobia?

– “Não deixo me abalar, eu lido com a transfobia resistindo e existindo todos os dias. Serei linha de frente na luta a favor da igualdade, liberdade e da justiça“.

E o que você espera a Danny Bond daqui pra frente? E o que a Daniela espera daqui pra frente?

– “A Danny será sempre uma personagem em construção, sempre estará buscando inovar sua arte e oferecer o melhor pra o nosso grito de resistência! A Daniela espera trabalhar muito, pra que a Danny Bond ocupe os espaços ainda não ocupados por ela. A Daniela se constrói politicamente todos os dias, para colocar isso no de Grito de Danny“.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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